Se desligarmos a televisão por um instante, chegaremos facilmente à conclusão que não há problemas que disponham de uma única solução. Da mesma maneira, não há fatalidades que não possam ser questionadas. É ao fazê-lo que se pensa e se encontram soluções.

quarta-feira, 16 de maio de 2012

Relvas sem escrúpulos


Chegámos decididamente à situação limite em Portugal. Num estado de impunidade total , os governantes assumem o poder como garantido. Tudo lhes é permitido e como tal dão-se ao luxo de responder quando querem, mentir quando querem, serem transparentes como uma parede de betão!

Pensava eu que já tinha assistido a todos os descalabros, escândalos e poucas vergonhas neste país mas pelos vistos os jornais serão de certo um bom investimento. Se um investidor estrangeiro me perguntasse em que ramo deveria investir em Portugal, eu diria claramente na comunicação social:   Com a quantidade de escândalos que a classe política, judicial e social produz prevejo futuro risonho sem crise para os media portugueses.

O Sr. Relvas, super ministro omnipresente, teve a ousadia de dizer que receber SMS não é a mesma coisa que trocar SMS.  Ainda disse o seguinte : "O meu telemóvel é muito básico, não permite uma correspondência muito acentuada" ...  Esta frase diz tudo. Não sei se hei-de rir ou chorar. 

Ficou provado nesta comissão que Miguel Relvas mentiu. Omitiu, mentiu, incorreu em contradições e arrastou Pedro Passos Coelho com ele. O facto de ter recebido uma lista com nomes de pessoas, ou até mesmo clipping de um alto dirigente de serviços secretos portugueses, constitui em si só falta de escrúpulos, de moral e ética. Relvas admite ter recebido SMS com nomes de pessoas mas ignorou. Recebeu clipping e ignorou. Até nem estava bem feito! O simples facto de ter recebido, vindo daquela fonte, constitui ilegalidade. O mínimo a fazer seria denunciar tal facto. Da mesma forma que as ignorou desprezou o estado português.

Governo após governo, Primeiro-Ministro atrás de Primeiro-Ministro os casos acumulam-se. E não é só o sistema político que está completamente minado em Portugal mas também o sistema judicial. 

Não há palavras para o caso de Isaltino Morais. Não vale a pena. Muitos oiço falar e dizer : "O caso está entregue à justiça, deixem a justiça trabalhar". A justiça trabalha, mas só para alguns. Trabalha para aqueles que roubam um champoo e um polvo no Pingo Doce. Para aqueles que roubam milhões torna-se indiferente.

É preciso lutar contra este sistema, é preciso remover os cancros da nossa democracia, espero não seja tarde.

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