Se desligarmos a televisão por um instante, chegaremos facilmente à conclusão que não há problemas que disponham de uma única solução. Da mesma maneira, não há fatalidades que não possam ser questionadas. É ao fazê-lo que se pensa e se encontram soluções.

sábado, 24 de março de 2012

Os interesses económicos e o estado


Todos sabemos, todos ouvimos.
No café, no trabalho, nas televisões, na boca de qualquer cidadão comum.
Os sucessivos estados, todos os governos que nos governaram, não estão preocupados a defender o interesse comum, o interesse dos seus cidadãos mas sim, garantir prosperidade para um conjunto de pessoas que constituem os principais interesses económicos em Portugal.

Em momento de crise e de sacrifícios para todos os portugueses uma voz mais audível que todas as outras se libertou. Fez-se ouvir. Falou e disse tudo aquilo que sabemos e que doí.

Sabemos que doí aos governantes ouvir da boca de Pacheco Pereira isto




Pacheco Pereira disse que a promiscuidade já lá vai. Agora estamos perante uma comunidade. Se durante os anos promíscuos foi o que foi, imaginem só o que será quando os interesses económicos são uma comunidade dentro do próprio governo.

Será que a demissão do secretário de estado da energia foi uma consequência da existência desta comunidade? Ou talvez a nomeação de António Borges ?

Hoje ninguém poderá ter dúvidas.

sexta-feira, 23 de março de 2012

Portugal não é a Grécia, mas parece!


Durante a greve de 22 de Março ocorreram manifestações pacíficas perto do Chiado, mesmo ao lado de Fernando Pessoa, a polícia decide inesperadamente carregar sobre manifestantes que apenas usaram a sua voz, a palavra que mais se ouve é "fascistas!"



Manifestantes, grevistas, jornalistas são surpreendidos quando a polícia (como se observa no vídeo) decide iniciar uma carga policial inesperada mas não inócua. O governo português precisa desesperadamente de mostrar mão firme e de instaurar um ambiente de medo em Portugal.
No início foi apenas utilizada a propaganda do inevitável e da única solução possível. Agora, durante a austeridade vem  a agressividade.


Passos Coelho segue uma nova estratégia; a propaganda "inevitabilista" parece não demover os manifestantes e grevistas, e antes que muitos outros acordem para o que está a acontecer, esta acção pretende promover o medo, a coacção, a submissão do povo ao poder, o controlo do descontentamento pelas cargas policiais violentas. Inadmissível.

Outros regimes ficaram conhecidos por tamanhas atitudes e não vingaram e este também não vencerá o povo. É preciso acordar, é preciso mudar, é preciso estar nas ruas e nunca calar a indignação omnipresente.

Apenas quando somos instruídos pela realidade é que podemos mudá-la.

-- Bertolt Brecht